Hoje tornou-se comum visitarmos diversos sites com textos cheios de links que nos levam a outros sites e esses a outros, e no fim não nos lembramos mas onde estávamos quando começamos. Uma reportagem divulgada no Gizmodo esclarece um pouco sobre essa nova configuração que nosso cérebro esta recebendo:

“A internet promove a leitura superficial, raciocínio raso e distração constante. Na prática, temos mais conteúdo disponível em alguns cliques, mas nossos cérebros não conseguem lidar com tudo adequadamente - mais informação não significa mais conhecimento”.

“O principal culpado disso são os links. Antes vistos com entusiasmo como forma de alavancar o aprendizado, os links começaram a ser visto cada vez mais com ceticismo. Uma pesquisa mostra que pular de um texto para outro via links prejudica a compreensão. Outra pesquisa mostra que as pessoas compreendem melhor textos sem links do que com eles - mesmo que você não clique neles”.

O problema estaria relacionado com uma sobrecarga na nossa memória de curto prazo. Nós temos duas formas de armazenar informações: a memória de longo prazo, que tem a capacidade de analisar conceitos e informações que adquirimos e transformá-las em conhecimento. E a memória de curto prazo é bem mais volátil e temporária. Uma sobrecarga em nossa memória de curto prazo impede que ela passe informações, que serão transformadas em conhecimento, para a memória de longo prazo.

Essa “pane” na nossa memória nos torna muito distraídos e e nos traz dificuldades para nos concentrar em tarefas até mesmo fora  do computador. O especialista em neuroplasticidade Michael Merzenich quando nos adaptamos ao uso de uma nova mídia, nosso cérebro se transforma. Ou seja, seus hábitos online são transferidos para os outros aspectos da sua vida, porque seu cérebro foi reprogramado.

Mas a internet não está so trazendo problemas para o nosso cérebro como diz Felipe Ventura do Gizmodo:

“Nem tudo são más notícias, no entanto: a internet melhora nossa inteligência visual-espacial e habilidades como coordenação dos olhos e resposta a reflexos, além de nos tornar mais capazes de resolver problemas mais rápido. Mas, como diz a psicóloga Patricia Greenfield, ‘cada nova mídia desenvolve certos tipos de habilidades cognitivas em detrimento de outras’”

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